Você já ouviu falar na alopecia frontal fibrosante? Essa é uma doença com desenvolvimento lento e progressivo, caracterizada pela perda irreversível dos pelos. Em geral, acontece na borda anterior do couro cabeludo e nas sobrancelhas, podendo se manifestar nos pelos do corpo e cílios.
Outras manifestações incluem as penugens do rosto e manchas escuras, principalmente em pessoas com fototipo mais alto, e manchas claras, em fototipos baixos. Sua incidência vem aumentando em todo o mundo, chamando a atenção de dermatologistas e da comunidade científica. Esse problema de saúde é praticamente exclusivo em mulheres adultas, de idade mais avançada, que já estão no período pós-menopausa. Porém, está se tornando comum o diagnóstico em pacientes mais jovens. A causa ainda é desconhecida, mas o organismo começa a atacar e inflamar o folículo piloso, destruindo-o.
Há pesquisas que relacionam a doença com fatores genéticos, por haver casos esporádicos entre membros de uma mesma família. O desenvolvimento em idade avançada, além do rápido aumento da prevalência, é uma evidência que vai contra a teoria genética, sugerindo que a alopecia frontal fibrosante pode ocorrer devido a fatores ambientais ou hormonais. Outras teorias apontam associação com uso de cremes faciais, em especial protetores solares, mas ainda não há comprovação dessa relação causal.
O principal sinal da doença é a perda e/ou falha nas sobrancelhas ou linha de implantação do couro cabeludo, avançando para trás (como se a testa estivesse aumentando de tamanho). É fundamental procurar um dermatologista, que irá realizar a correta avaliação. O exame que irá detectar é a dermatoscopia, aliada à biópsia do couro cabeludo.
O tratamento consiste na administração de remédios anti-inflamatórios e anti-androgênicos, que irão controlar a inflamação e progressão da doença. Porém, não existe algo que faça com que os cabelos voltem a nascer nas áreas em que o folículo já foi destruído. Por isso, o diagnóstico precoce é extremamente importante. A orientação é que os pacientes evitem todos os produtos que possam irritar a pele e o couro cabeludo.
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia - São Paulo