Cuidados Com Corpo E Mente

Cuidados com corpo e mente na pandemia

Enfrentar uma pandemia como a Covid-19 pode ser desafiador. A vida de todos nós mudou e, muitas vezes, a solidão e ansiedade tomam conta. Seguir os protocolos do Ministério da Saúde e se informar por meio dos órgãos oficiais e das sociedades médicas é fundamental para não cair em notícias falsas.

Mesmo seguindo todas as recomendações, é normal haver períodos de estresse e tristeza devido ao isolamento. As incertezas quanto ao futuro são preocupantes. Como não se afetar com tantas dúvidas? Buscando responder a essa pergunta, a psiquiatra Carmita Abdo tem algumas dicas para amenizar as consequências desse período.

Uma delas é se envolver em atividades prazerosas, como a prática de exercícios físicos e balancear a agenda de tarefas diárias com entretenimento. Brincar com as crianças e manter o contato virtual são ações fundamentais. Cada um deve preencher seu tempo com escolhas pessoais e capazes de superar o tédio. Para quem mora sozinho, a dica é valorizar essa oportunidade e se reorganizar internamente, resgatando o equilíbrio. Lembre, também, que confinamento não é sinônimo de solidão. Bons filmes, livros e papos na internet são alternativas para reduzir o distanciamento físico. Quem sabe programar um happy hour virtual?

Quem já tem transtornos de estresse, bem como manias e compulsões, pode ser necessário procurar ajuda especializada. Manter-se ocupado é importante: evite dormir demais (como fuga) ou de menos (privação do sono). Deixe a ociosidade absoluta e o sedentarismo de lado. Durante a quarentena, o equilíbrio emocional pode sim se romper, por isso admita para você mesmo caso tenha se fragilizado. Coloque o autocuidado como prioridade. Técnicas de mindfulness são aconselhadas, bem como terapia e medicamentos quando necessário.

A pandemia, segundo a psiquiatra, também está trazendo lições importantes: agora, estamos separando o essencial do supérfluo, reaprendendo que dependemos uns dos outros para conseguir vencer. Ela também aconselha que os profissionais de saúde tenham preparo não só técnico, mas também emocional, lembrando sempre que este difícil momento vai passar. Precisamos nos unir, afinal, a solidariedade salva vidas.

Fonte: entrevista concedida ao Jornal da SBD.


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